quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Festa de Cosme e Damião

 


Os gêmeos Cosme e Damião nasceram no século III por volta dos anos 260 d.C. na região da Arábia e viveram na Ásia Menor, no Oriente. Desde muito jovens ambos manifestaram um enorme talento para a medicina, profissão à qual se dedicaram após estudarem e diplomarem-se na Síria. Tornaram-se profissionais muito competentes e dignos,  e foram trabalhar como médicos e missionários na Egéia.
Quando é comemorado o dia de São Cosme e Damião?

A Igreja Católica promulga que esses santos são protetores das crianças, dos gêmeos e padroeiros dos médicos. Tiveram seus nomes incluídos no Cânon da Missa e são invocados como protetores contra as doenças do corpo e da alma. Há uma basílica dedicada a eles, construída a pedido do papa Félix IV, entre 526 e 530. A solenidade de consagração da basílica ocorreu num dia 26 de setembro e assim, Cosme e Damião passaram a ser festejados pela igreja católica nesta data.
A  umbanda e as religioes afro-brasileiras, entre elas: cadomblé, batuque, xangô do nordeste e xambá,  selebram essa data no dia 27 de Setembro.  Mas é bom lembrar que nestas religiões nao se trata de Cosme e Damião. Através do sincretismo religioso, muito forte no Brasil, as religioes Afro-brasileiras  atribuiem  aos Santos Católicos Cosme e Damião os nomes de divindade ibejis – dinvidade gêmea da vida, protetor dos gêmeos (twins). Ou  orixás-meninos (Ibejis ou Erês) da tradição africana yorubá. Esse fato ocorreu a partir da escravidão no Brasil. Para burlar a vigilância de seus senhores, passaram a associar suas entidades aos santos católicos, é isso o que chamamos de sincretismo.

No Brasil, o culto aos santos teve início em 1535, quando foi erguida a primeira igreja católica do país, em Igarassu (PE), que recebeu o nome de São Cosme Damião.

No Rio de Janeiro há vários locais em que se fazem festas para as crianças e distribuem-se doces e brinquedos. Muitos o fazem com organização através de senhas (uma espécie de convite) que são entregues antecipadamente, outros distribuem os doces e/ou brinquedos em suas residências ou trabalhos solicitando a formação de uma fila. Há quem prefira distribuir de dentro do seu carro, vão passeando e encontrando-se com as crianças que estão pelas ruas, aí entregam os saquinhos de doces. Enfim há uma quantidade imensa e diversificada de se distribuir ou organizar festas para as crianças nestes dias.


                                           Igreja de Cosme e Damião no Andaraí


A tradição da distribuição de doces no dia 27 de setembro continua viva, especialmente no suburbio carioca, talvez não tão forte como antigamente. Então viva Cosme e Damião.      

Fonte blog do historiador Benito Pepe



terça-feira, 25 de setembro de 2012

Fotos Jardim do Méier

Hoje tive que ir ao Méier, então aproveitei para tirar umas fotos do Jardim do Méier, que foi todo reformado pela prefeitura e entregue a população neste mes de setembro. Muito bonito, tomara que esse oásis que existe no Méier tenha agora um cuidado especial tanto da prefeitura quanto dos seus visitantes

                                                               Busto de Aristides Caire

                                              
















domingo, 23 de setembro de 2012

Festa Cívica na Penha - 7 de Setembro

Reportagem retirada da edição de setembro do jornal Rio Suburbano, que tem distribuição gratuita em alguns bairros da zona norte.




domingo, 16 de setembro de 2012

Museu Militar Conde de Linhares

 
Museu temático sobre a historia militar, localiza-se em São Cristóvão, talvez o bairro carioca com o maior numero de museus.
A instituição recebeu o seu nome em homenagem a D. Rodrigo de Souza Coutinho, o Conde de Linhares nobre que acompanhou a transferencia da corte portuguesa para o Brasil. Na qualidade de Ministro da Guerra e dos Negócios Estrangeiros, aqui fundou a Academia Real Militar, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro , o Arquivo Militar, a Biblioteca Nacional e a Escola Real de Ciencias, Artes e Oficios.

Acima outra vista da fachada do belo edifício do Museu, construído em 1921. A construção se extende por vários metros ao longo da Av. Pedro II, em um estilo que mistura neoclassicismo com elementos decorativos da arquitetura militar. A fachada é cercada com gradis, e possui jardins ao longo de toda a sua extensão. Um conjunto de três palmeiras também estão plantadas à frente de cada fachada.

História

O imóvel foi erguido em 1921, por determinação do então Ministério da Guerra. Aquartelou inicialmente a 1a companhia de metralhadoras e, posteriormente, a companhia de intendência. Com a transferência do curso de Intendência, da Escola Militar de Realengo para a cidade de Resende, onde assou a compor a Academia Militar das Agulhas Negras, o imóvel em São Cristóvão abrigou o Centro de preparação de Oficiais da Reserva (CPOR), e, posteriormente, a 5a brigada de cavalaria do Exército, a que ali permaneceu até 1996.
Reformado e requalificado como museu, foi inaugurado em 12 de outubro de 1998.
Com apoio da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, da Fundação Cultural Exército Brasileiro e da iniciativa privada, começou a funcionar como Centro Cultural a partir de 6 de maio de 2001.

Acervo

A instituição mantém em exposição permanente uma narrativa da Historia Militar do Brasil desde o período colonial até aos dias de hoje, inclusive peças usadas pelo país enquanto integrante das Forças de Paz da ONU. Destacam-se, além da armaria e da artilharia, uniformes, veículos de campanha e blindados.
A exibição compreende uma evolução história do armamento, objetos de uso pessoal dos Pracinhas da FEB, além de armamentos norte americanos e alemãs utilizados na segunda guerra mundial.
Outros núcleos de destaque são a exposição "Tropa em Marcha", onde os visitantes podem apreciar aspectos da evolução dos meios de transporte militar no Exército brasileiro, e o Pátio dos Blindados onde podem ser observadas diversas viaturas blindadas e peças de artilharia, como por exemplo um raro canhão ferroviário.
A instituição promove ainda diversas atividades sócio-culturais.

 

Encontro de Carros Antigos do Estado do Rio de Janeiro

Realizado nas dependências do museu, em seu amplo pátio interno, acontece o encontro dos amantes de veículos antigos do Estado do Rio de Janeiro. O evento acontece a cada 3º Domingo de cada mês, atraindo tanto colecionadores como visitantes apreciadores.
Muitas raridades bem conservadas e em bom estado são mostradas no local. E não se assuste se, ao ver um típico carro do fim dos anos da década de 1950, voce ouvir um Rock and Roll vindo do toca fitas do mesmo carro, aquele som da época, dos chamados tempos da brilhantina. Mas os carros expostos no local, abrangem automóveis de várias décadas.
antigo caminhão de transporte militarveículo de pronto socorro | ambulância militar
Os veículos acima são parte integrante do acervo do museu. Não fazem parte do encontro de veículos. Mas para quem gosta de veículos antigos, certamente vai encontrar um tempo para conferir as preciosidades do museu.
Acima na foto, a viatura da qual o Marechal Mascarenhas de Morais comandou a FEB na campanha da Itália. A carroceria coberta do caminhão era um misto de escritório de comando e dormitório, com camas, sofás, mesa-escrivanhina, armário de roupa e até pia para lavar com espelho para higiene pessoal. E do lado direito um antigo caminhão de pronto socorro militar ou ambulância do Exército.






O local conta também com alguns serviços úteis para os visitantes como cantina, biblioteca e telefones públicos.
Sem dúvida merece ser visitado.

O horário de funcionamento do museu é: Terça a domingo das 10h às 17h
Os ingressos (a preços mais do que acessíveis) custam:
Adultos: R$ 2,00
Maiores de 60 anos e estudantes com carteira: R$ 1,00
Isentos: Maiores de 80 anos, menores de 10 anos, instituições de ensino (agendadas) e militares das forças armadas.

Contato:
Av Pedro II, 383, São Cristóvão - Rio de Janeiro
Tel: (21) 2589-9734 | 2589-1683 | 2589-9581

Fontes:
Wikipedia
Riodejaneiro.com 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Casa do Capão do Bispo


A Zona Norte tem mesmo muita historia. A gente anda pra la e pra ca e muitas vezes olha e não enxerga. Hoje ao passar pela Av Dom Helder Câmara notei uma imensa casa antiga, quase em ruínas, que fica numa elevação. Tinha uma placa com o nome: Capão do Bispo. Já tinha ouvido falar, pesquisando descobri a importancia daquele lugar.  Fica próximo ao Norte Shoping, em Del Castilho.
Na realidade ela é o que sobrou de uma imensa fazenda que existia ali.

A Historia 
 
Capão do Bispo é uma das mais antigas propriedades rurais do Estado do Rio de Janeiro e sua casa, sede da fazenda, é o que sobrou da sesmaria doada por Estácio de Sá aos Jesuítas e a concessão, confirmada pela Corte de Lisboa em 10 de julho de 1565. Abrangia as freguesias de Inhaúma, Engenho Velho, Engenho Novo e São Cristóvão.
Com uma área de duas léguas de testada e duas de fundo (13.200 m X 13.200 m) começava no Vale do Catumbi, junto ao Rio dos Coqueiros, antigamente chamado Iguassu e hoje Rio Comprido, servia como divisa natural desde a nascente até desaguar no mangue da Cidade Nova, seguindo pelo litoral, atravessando a bica dos Marinheiro, São Cristóvão e Benfica até a Tapera de Inhaúma, rumo noroeste para o sertão, rumo sudoeste nas áreas férteis e saudáveis dos terrenos do Engenho Velho, Andaraí e Engenho Novo entre outros.
Em 1684 o Padre Custódio Coelho era o responsável pela freguesia de Inhaúma, que a passou para o Vigário Geral Clemente Martins de Mattos. A área era limitada pelos morros do Pedregulho e do Telégrafo ao sul. Pela Serra da Misericórdia e litoral do canal de Benfica, os atuais bairros do Engenho Novo, Méier e Inhaúma, ao norte.
A fazenda ficava na planície suburbana com diversos vales ligeiramente acidentados por baixas colinas, próximos ao Rio Jacaré, Faria e Timbó, foi confiscada dos Jesuítas em 1759 e passaram à Coroa e leiloada a partir de 1761, quando um dos compradores foi o Bispo D. José Joaquim Justiniano Mascarenhas de Castelo Branco, onde ergueu a casa grande da fazenda num capão (porção de mato isolado no meio do campo) sobre um outeiro de 20 m de altura. Depois uniu-se a fazenda de Sant’ana, um engenho que pertencera a Brás de Pina , segundo Pizarro.
O Bispo morreu em 28 de janeiro de 1805 quando a propriedade passou ao seu sobrinho Jacinto Mascarenhas Furtado de Mendonça. De 1862 a 1868 a casa grande foi aforada por escritura a Joaquim José Palhares Malafaia e a Domingos José de Abreu. Em 1914, vendida a Francisca Carolina de Mendonça Ziéze e depois a Joaquim Alves Maurício de Oliveira, dono até 1929, passando à Clara Ziéze de Oliveira.
Há 18 de setembro de 1937 passou para Simão Daim e em 1947 estava em nome de Jacob Armin Frey. Esses levantamentos foram feitos por Noronha Santos.
Em 30 de agosto de 1947 foi tombada pelo IPHAN, com Florentino M. Guimarães responsável pelo canteiro de obras e coordenando o levantamento arquitetônico. Desapropriada em 1961 passando ao governo do Estado da Guanabara, sendo a emissão de posse dada em 1969. Nas décadas de 50 e 60 foi invadida por 30 famílias que fizeram do patrimônio histórico, uma cabeça – de - porco chegando a estar ameaçada de desabar. (JB, Domingo, 16/01/66 - primeiro caderno). Edgard Jacinto da Silva, arquiteto do IPHAN fez um trabalho de restauração na sede que durou dois anos, de 1973 até 1975, custando NCr$ 195.000,00 e instalado um Museu Rural e Centro de Estudos Arqueológicos.




              
                 Avenida Dom Hélder Câmara, 4616, Del Castilho, próximo à estação do metrô.








 


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Domingo - União da Ilha


Amanhecia o dia e os primeiros acordes da União da Ilha tomaram a Avenida: “Vem amor/ Vem à janela ver o sol nascer/ Na sutileza do amanhecer/ Um lindo dia se anuncia”. A reação da platéia foi imediata e a União da Ilha foi apontada como a grande favorita do carnaval de 1977. Mas o júri preferiu dar a vitória à Beija-Flor de Joãosinho Trinta, deixando a União da Ilha na 3a posição.

Trecho retirado do site da União da Ilha

‘Domingo’ é classificado por vários especialistas como o melhor desfile já apresentado pela Ilha. Em uma época em que o desfile já se mostrava contaminado pelo vírus do gigantismo, o que se viu na passarela foi o contrário: em vez dos carros alegóricos gigantescos, pequenos tripés e muita simplicidade; foram utilizados carrinhos de pipoca reais, assim como um barco cedido pelo Ministério da Marinha. As fantasias, de simples concepção e sem luxo, condiziam perfeitamente com o enredo, que se destinava a narrar como é o dia da semana destinado ao descanso.



 A leveza e a simplicidade da União da Ilha, com "Domingo", conquistaram a Avenida, fato que se repetiria ainda em 1978 ("O amanhã") e 1982 ("É hoje"). Estes carnavais colocaram a tricolor num lugar de destaque na história no que se refere a sambas-enredo.


Samba Enredo 1977 - Domingo

G.R.E.S União da Ilha do Governador (RJ)

Vem amor
Vem à janela ver o sol nascer
Na sutileza do amanhecer
Um lindo dia se anuncia
Veja o despertar da natureza
Olha amor quanta beleza
O domingo é de alegria
No Rio colorido pelo Sol
As morenas na praia (bis)
Que gingam no samba
E no meu futebol
Veleiros que passeiam pelo mar
E as pipas vão bailando pelo ar
E no cenário de tão lindo matiz
O carioca segue o domingo feliz
Vai o sol e a lua traz no manto
Novas cores, mais encanto
A noite é maravilhosa
E o povo na boate ou gafieira
Esquece da segunda-feira
Nesta cidade formosa
Há os que vão pra mata
Pra cachoeira ou pro mar (bis)
Mas eu que sou do samba
Vou pro terreiro sambar


O intérprete da Ilha, o inesquecível Aroldo Melodia marcou epoca com o seu grito de guerra "Segura Marimba"
                                                       
Fontes:
Site da Ilha
Extra